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Antonio Ney Latorraca é um ator brasileiro. Filho de um crooner e de uma corista que se apresentavam em cassinos, teve como padrinho de batismo o ator Grande Otelo, tendo crescido já no meio artístico. Dois anos após seu nascimento, um decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra fechou os cassinos, perdendo assim a sua família seu principal meio de sobreviver. Começou cedo sua carreira de ator. Aos seis anos, fez uma participação em uma radionovela da Record. Depois atuou no teatro estudantil e teve sua primeira oportunidade profissional em 1965, por volta dos vinte anos de idade, ao ser aprovado para integrar o elenco da peça Reportagem de Um Tempo Mau, de Plínio Marcos. A peça no entanto, teve apenas uma apresentação no Teatro de Arena, tendo sido proibida pela Censura Federal. Após atuar em três peças encenadas por um grupo universitário, decidiu cursar a Escola de Arte Dramática, antes de ser integrada à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Nos três anos de curso, teve aulas de história do teatro, expressão corporal, mitologia, mímica, esgrima, maquiagem, dicção e interpretação com notáveis professores, como Ziembinsky e Antunes Filho, entre outros. Dentre seus colegas de turma estava a atriz e autora Jandira Martini. Durante este período, arranjou empregos paralelos para se manter, trabalhando em uma agência bancária e em uma loja de roupas femininas. Atuou também em diversas peças teatrais. Sua madrinha de formatura foi a atriz Marília Pêra. Ingressou na TV fazendo figuração na Tupi. Participou do seriado Alô, Doçura, em 1953, da novela Beto Rockfeller, em 1968, e fez uma participação em três capítulos da novela Super Plá, em 1969. Em 1974, teve uma passagem pela TV Cultura, onde trabalhou em um teleteatro, encenando Yerma, ao lado de Joana Fomm.