Pesquisar
Ilicz Glejzer mais conhecido como Elias Gleizer, foi um ator brasileiro. Filho de judeus poloneses que fugiram da perseguição na Europa, recebeu o nome de Ilicz, mas foi obrigado a trocá-lo por causa da dificuldade de se pronunciar. Gleizer entrou na carreira artística porque o pai, sapateiro, o obrigou a estudar violino. Aos 12 anos, tocava em uma orquestra juvenil amadora, quando foi convidado por um diretor para fazer teatro. Em 1956, ganhou o prêmio de melhor ator de um festival amador. Três anos depois, estreava na TV Tupi, onde ficou até 1978. Começou fazendo pontas e foi crescendo. Seu primeiro trabalho de destaque foi em José do Egito, em 1959[1] e a primeira novela veio em 1964, Se o Mar Contasse, de Ivani Ribeiro. Depois engatou uma série enorme de novelas e outros teleteatros, na TV Tupi. Fez nada menos que 25 trabalhos. Seu tipo bonachão, um corpo grande, aliados ao olhar doce, encaixam-se sempre em variados papéis. Dessas 25 novelas, fez, além de Se o Mar Contasse, O Mestiço, Olho Que Amei, A Outra, A Inimiga, A Ré Misteriosa, Os Irmãos Corsos, Presídio de Mulheres, Os Rebeldes, Antônio Maria, Nino, o Italianinho, Simplesmente Maria, A Fábrica, Signo da Esperança, Rosa dos Ventos, Salário Mínimo, Xeque-Mate e O Machão. Quando a TV Tupi foi fechada, Elias Gleizer foi para a TV Bandeirantes, onde trabalhou em Dona Santa e Sabor de Mel. No SBT fez Acorrentada e Uma Esperança no Ar. Foi quando ingressou na Rede Globo. E mais uma vez, engatilhou uma série de 25 participações em teledramaturgia. Seu tipo físico e seu jeito de atuar, parece abrirem-lhe os caminhos. Entre seus papéis mais marcantes, estão o Jairo, de Tieta, o tio Zé de Sonho Meu, o Canequinha de Anjo de Mim, e, principalmente, o Vô Pepe de Era uma Vez, em 1998, onde acabou caindo nas graças do público infantil. Em dezembro de 2010, foi agraciado com a comenda da Ordem do Ipiranga pelo Governo do Estado de São Paulo. Jamais se casou, nem teve filhos. Internado desde o dia 6 de maio após sofrer uma queda em uma escada rolante resultando em fratura de cinco costelas e perfuração do pulmão, morreu em decorrência de complicações que levaram à falência circulatória após uma broncopneumonia. Desde 2011, o ator sofria com um problema renal crônico e passou por várias internações desde então. Seu corpo foi sepultado em 17 de maio de 2015, no Cemitério Israelita de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, na região metropolitana do Rio de Janeiro.